A importância da Leitura
A leitura é um feliz e saudável hábito, que pode ser incorporado a qualquer momento por quem já saiba ler, especialmente se e quando a escolha recair sobre obras instrutivas, informativas, positivas, edificantes, que contenham excelente conhecimento sobre as ciências, a filosofia, as artes, as letras.
O resultado é magnífico, uma vez que o conhecimento que se vai adquirindo é cumulativo e a leitura, por si, torna o leitor capaz de se comunicar melhor, oralmente ou por escrito, seja em sua atividade profissional, em suas relações pessoais e familiares, como também na sociedade em geral.
Quem lê só se beneficia: aumenta o índice de seu conhecimento e de seu vocabulário e, por este motivo, escreve melhor, fala melhor, vê, ouve e observa [em seu mais amplo sentido] melhor, compreende melhor, tudo com naturalidade, deleite e grande satisfação.
Não por acaso, algumas Universidades brasileiras indicam sistematicamente cerca de dez livros para serem lidos pelas pessoas que nelas pretendem ingressar através de seus exames vestibulares, a fim de que tenham melhores condições de se submeter à prova de redação.
Vale a pena repetir, para enfatizar: ler é um hábito. Um excelente e proveitoso costume, muito simples e fácil de ser agregado ao nosso dia a dia.
Se facilmente somos capazes de incorporar outros hábitos, muitos dos quais só nos trazem malefícios e prejuízos de toda ordem, inclusive para o nosso corpo físico, como são os casos do uso do tabaco, em suas diversas formas, e o da ingestão de bebidas alcoólicas, destiladas ou não, por que não seríamos capazes de agregar o hábito da boa leitura ao nosso cotidiano?
É claro que somos capazes. Basta querer, basta ter vontade!
Com efeito, a vontade é a maior de todas as potências; é, em sua ação, comparável ao ímã. A vontade de viver, de desenvolver em nós a vida, atrai-nos novos recursos vitais; tal é o segredo da evolução… O princípio de evolução não está na matéria, está na vontade, cuja ação tanto se estende à ordem invisível das coisas como à ordem visível e material. Esta é simplesmente a consequência daquela. O princípio superior, o motor da existência, é a vontade.1
É tão correta essa afirmação que até mesmo a sabedoria popular, fruto de longa e aguda observação dos atos e fatos da existência terrena, construiu a conhecida expressão querer é poder.
O substantivo leitura significa: ação de ler. Interpretação que se dá a um fato, um texto, um livro: Quero ver qual foi sua leitura desse acontecimento.
Já o verbo ler tem vários significados. Reproduzimos aqui apenas o primeiro deles: passar os olhos sobre um escrito ou impresso, identificando as letras com o som que representam e juntando-as para formar palavras, dando conta de sua significação, pronunciando-as ou não: Lúcia leu um bom livro. É muito bom ler. João lia poemas todas as noites.2
Para os espíritas, em particular, o hábito da leitura é de grandíssima importância.
O Espiritismo está fundamentado na razão [no raciocínio], na lógica, no equilíbrio e no bom senso, sobretudo na razão, de tal modo que a leitura e, de preferência, a leitura constante, intensa, constitui grande contributo ao seu entendimento, à sua boa compreensão.
A propósito, uma das bandeiras do Espiritismo é a de tornar melhores os que o compreendem.3
Importante destacar que a razão integra inclusive a sua definição de fé, extraordinária por todos os títulos: Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade. Além disso, somos todos Espíritos, no corpo físico ou fora dele [a vida é uma só, desdobrada, porém, em várias existências], de tal forma que, após a desencarnação, retornaremos ao Mundo Espiritual [de onde proviemos]. Somos imortais e indestrutíveis e viveremos para sempre! Assim, todo o conteúdo do que tivermos conseguido ler, reter e consolidar permanecerá conosco para sempre, visto fazer parte integrante e inseparável da individualidade de cada um de nós, que não se perde em hipótese alguma.
O que absorvermos através da leitura nos será consideravelmente útil, agora e também posteriormente, uma vez que viveremos para sempre, ora no Plano Físico, como nos encontramos neste momento, ora no Plano Espiritual.
Por outra parte, ainda que lançada em outro contexto e com sentido bastante abrangente (em que é analisada a educação moral), importante reproduzir a definição espírita de educação: conjunto dos hábitos adquiridos.4
Informa o Dicionário da Academia Brasileira de Letras que senso crítico é o modo de pensar e agir com discernimento. Registra ainda que a educação desperta o senso crítico.
Em qualquer dos Planos, não só vamos continuar a trabalhar como também vamos ler, estudar, refletir, aprender e compreender, sobretudo os ensinamentos cristãos, com o que seguramente seremos melhores e mais felizes a cada dia.
Quanto antes começarmos, melhor, a toda evidência, sendo suficiente rememorar que o conhecimentoque se obtém através da leitura (e, depois, através do estudo que, em última análise, não deixa de ser outra leitura, apenas que mais lenta, mais repetida, mais comparada, mais analisada, mais refletida) é cumulativo e nunca se perde.
A nosso juízo, a leitura tem íntima ligação com tudo isso, direta ou indiretamente.
Ademais, como anotado e repetido propositadamente [o melhor método de aprendizagem que conhecemos é o da repetição], é um hábito que desde logo podemos incorporar sem qualquer dificuldade.
Plantar, semear a leitura em nosso dia a dia implica colheita imediata com excelentes resultados e, da mais alta e significativa importância, passíveis de fruição agora e sempre.
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Fonte: Mundo Espírita
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