Entrevista com Rogério Leite, autor de "Uma Lição de Amor"
Olá queridos, tudo bem? No mês de abril a seleção de livros para o Clube do Livro Letra Espírita está super incrível e um dos romances disponibilizados é "Uma Lição de Amor", do autor espírita Rogério Leite, que será distribuído no plano 02 Romances/mês.
No citado plano acima, os sócios receberão junto com este livro, "Uma Lição de Amor", também o livro "O Obsessor". Para mais detalhes, acesse www.letraespirita.com.br
A seguir uma entrevista bem bacana com o Rogério em que ele irá falar um pouco sobre o seu trabalho mediúnico e sobre a obra.
1 – Nos faça, por favor, uma pequena autobiografia para nossos leitores te conhecerem um pouco mais?
Antes agradeço a oportunidade por nossas humildes tarefas serem lembradas pelo seu carinho.
Fui criado pelos meus avós.
Por volta dos cinco anos de idade tinha visões que julgava ser de pessoas encarnadas tanto quanto eu.
Estas visões se intensificaram para mim por volta dos nove anos de idade já que nesta época eu comecei a sentir forte abordagem mental por parte dos espíritos que passaram psiquicamente a sobreporem aos meus pensamentos e vontade.
Foi uma época muito difícil porque se eu contasse tudo o que via ou que percebia provavelmente seria tido pelos meus colegas como alguém atormentado mentalmente.
Neste período difícil minha avó percebera a minha aflição e eu pude confidenciar a ela o que sentia.
Fui levado a vários psicólogos que não constataram nenhuma anormalidade psíquica com base em vários exames.
Me recordo de que uma delas indicou a minha avó uma casa espírita onde eu poderia fazer novos tratamentos.
Foi então que com a idade de dez anos passei a estudar a doutrina espírita e a educar a mediunidade que estava aflorando.
Em 1986 fundei com amigos o Templo Espiritualista Cristo para todos já que havia desenvolvido igualmente as minhas faculdades mediúnicas na Umbanda tanto como na mesa espírita desta forma conciliava as atividades no Templo em dias alternados.
Após alguns anos nosso benfeitor amigo suspendeu as sessões públicas de umbanda me informando que eu deveria estudar com afinco a psicografia porque havia um comprometimento espiritual com o exercício desta tarefa junto ao público sofredor.
Foi quando viajei a primeira vez a Uberaba na expectativa de conhecer Chico Xavier e receber dele as orientações que precisava.
Chico sempre foi um grande incentivador das expectativas honestas.
Recebi o incentivo e as orientações que precisava para iniciar os exercícios de psicografia.
Pouco tempo depois empreendi uma mudança definitiva a Uberaba somente retornando a minha cidade por causa de uma enfermidade grave que acometera minha mãe.
Nesta ocasião Chico me disse: “Rogério Vá cuidar de sua mãezinha e não tenha receio porque no sentido mediúnico sua perseverança fará toda diferença, o estado de São Paulo é muito carente na área da psicografia consoladora.”
Na época eu recebia páginas doutrinarias, nunca havia recebido uma carta psicografada.
Minha mãe veio a desencarnar.
Continuei com as atividades do templo espiritualista Cristo para todos em minha cidade, viajava regularmente a Uberaba para visitar o nosso querido Chico e amigos queridos os quais havia conquistado a amizade.
Numa de nossas reuniões doutrinárias recebi a mensagem de um jovem que havia sido assassinado para sua mãe que era evangélica e estava ali em busca de respostas.
Cachoeira Paulista é uma cidade interiorana de pequeno porte.
Esta ocorrência Chamou a atenção de toda cidade pois a mãe do jovem chegou a dar testemunho da autenticidade da mensagem na igreja que frequentava.
Logo comecei a receber orientação dos benfeitores espirituais para me dedicar a tarefa de consolação e a receber convites para realiza-lo por todo o país.
Na verdade fui o primeiro médium a percorrer o país realizando sessões de psicografia e seminários sobre mediunidade.
Posteriormente a espiritualidade amiga nos incentivou a escrever e a psicografar livros.
2 – Em 1986 você fundou o Templo Espiritualista Cristo Para Todos. Qual foi o intuito? Ainda continua à frente das atividades do Templo?
O templo Espiritualista Cristo para todos teve seu nome modificado para Grupo de Estudos Allan Kardec.
Sim, continuo a frente das atividades ao lado de minha esposa a médium psicógrafa Marli Mansini.
O intuito da fundação do Templo Espiritualista Cristo para Todos foi o de dar suporte as nossas atividades mediúnicas ao lado de amigos e estudiosos.
3 – Como foi ter conhecido e Francisco Cândido Xavier? Poderia nos detalhar um pouco mais sobre este encontro?
Na época eu conhecia a Dona Neli de Barros que era sua amiga desde os tempos de Pedro Leopoldo.
Conhecia Também em minha cidade o dentista Ademir que estudara com o filho adotivo de Chico Xavier, o DR. Eurípedes Higino dos Reis o que facilitou a minha aproximação junto ao médium já que o seu estado de saúde a época era muito instável e naquela ocasião ele recebia poucas pessoas em sua casa.
Eu havia formulado em minha mente muitas perguntas para fazer ao Chico mas a primeira vez que me aproximei dele apenas consegui beijar a sua mão chorando tamanha emoção que me envolvera.
Tomei com ele o café da tarde.
Foi quando mais recomposto das emoções falei com ele sobre as atividades que vinha desenvolvendo e sobre os exercícios de psicografia que estava iniciando.
Chico confirmou que eu tinha uma tarefa programada na área da psicografia mas que eu deveria saber que” médium é igual cana na moenda, se não virar bagaço não adoça a vida de ninguém”, ele disse isso seriamente olhando em meus olhos, depois sorriu e disse: “mas eu sei que você vai dar conta do trabalho que lhe cabe, sua bisavó Augusta está presente e me afirma que você é um menino muito esforçado”.
Chico Xavier para mim é o único missionário da mediunidade.
Todos os outros entre os quais me incluo somos somente médiuns de resgate.
Chico tinha razão, até hoje confesso a você a cana está na moenda.
4 – Acredita que conseguiu cumprir a sua missão planejada no plano espiritual?
Não.
Estou muito longe de cumprir como deveria a missão planejada.
Tenho feito o possível dentro das minhas limitações como médium e como pessoa quase isenta de virtudes.
Acredito que nesta vida esteja fazendo um estágio para ser como devo e agir como devo em reencarnações posteriores.
5 – Iremos distribuir no Clube do Livro, o seu livro “Uma Lição de Amor”, o que lhe motivou a escrevê-lo? Fale um pouco sobre esta obra.
A princípio o benfeitor amigo que se responsabilizou sobre as nossas atividades de psicografia se apresentou com o pseudônimo de Irmão do Caminho em virtude de se tratar de uma personalidade muito conhecida no movimento espírita. Segundo ele o nome é apenas uma referência sendo assim optou pelo anonimato.
Quando ele percebeu que eu estava mais seguro na área da psicografia me entregou aos cuidados do nosso querido Padre Justiniano.
Na ocasião além de presidir as tarefas do Grupo Espírita Allan Kardec eu também presidia o centro espírita Paulo Ferreira que fora fundado pelo meu bisavô na cidade de Lorena no ano de 1927.
Padre Justiniano se apresentou a mim, falou do nosso comprometimento e desejou escrever pelo nosso intermédio a sua autobiografia que publicamos na época com o título de “Padre Justiniano uma Vitória de Jesus”.
Recebi esta obra com muita alegria por que eu via todas as cenas do livro em minha mente torcendo pelos personagens envolvidos.
Foi muito gratificante recebe-la.
Trata-se de uma lição de amor, de abnegação e de renúncia.
Como viajo por todo país nosso querido Divaldo Franco recebera um exemplar do nosso irmão e pesquisador espírita DR. Pedro Guimarães da cidade de Salvador. Recebi na época um extenso e-mail do Tribuno e médium Divaldo Franco elogiando a obra e fazendo várias referências ao bondoso padre.
6 – Qual a maior lição que “Uma Lição de Amor” lhe ensinou?
Creio que a maior lição que podemos extrair desta obra é uma regra comportamental de equilíbrio, amor e devoção ao próximo.
Padre Justiniano nos aponta saídas que costumeiramente não enxergamos.
Ele valoriza todas as pessoas não importa o estágio moral e espiritual que se encontram.
Auxilia sem crítica.
Ampara e socorre em silêncio.
Sinceramente gostaria de ser nesta vida um pouquinho do que ele é.
De possuir a sabedoria que ele tem.
Mas estou muito distante dessa realidade.
Cada dia que passo faço esta constatação por mim mesmo.
7 – Poderia nos contar um pouco mais sobre a sua relação com o autor espiritual da obra, o Padre Justiniano?
Nosso querido Padre assiste e coordena nossas tarefas de psicografia em especial a da recepção de mensagens de entes queridos.
Devo ser sincero neste sentido, este benfeitor amigo tem tolerado as minhas faltas e tropeços por acréscimo da misericórdia de Jesus.
Talvez por que ele saiba melhor do que ninguém sobre a minha honestidade de propósitos e sobre a minha resistência aos embates desta vida.
Espero que em alguma reencarnação futura eu venha merecer a sua assistência e paciência para comigo.
8 - Externamos a nossa gratidão pela oportunidade desta singela, mas significativa entrevista com o senhor.
Eu que agradeço de coração a oportunidade de falar algo sobre nossa apagada pessoa.
Rogo a Jesus que te abençoe e ampare hoje e sempre!
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