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Pessoas com Deficiência: Uma Visão Espírita


Sthephannie Silva


As pessoas com deficiência sempre foram um assunto de reflexão e compaixão em diversas filosofias e religiões, incluindo o Espiritismo. Essa Doutrina, fundamentada nos ensinamentos de Allan Kardec, oferece uma perspectiva rica e compassiva sobre a condição humana, incluindo aqueles que enfrentam desafios físicos, mentais ou emocionais.

 

No contexto espírita, a deficiência física é vista como uma condição temporária da jornada espiritual. Os Espíritas acreditam na reencarnação, e muitas vezes entendem que as deficiências são resultado de experiências passadas ou oportunidades de aprendizado. Essas almas corajosas escolhem encarnar em corpos com limitações para evoluir espiritualmente, superar desafios e promover o crescimento espiritual.

 

O Espiritismo ensina que todos têm valor igual perante Deus, independentemente de suas capacidades físicas ou mentais. As pessoas com deficiência são vistas como Irmãos Espirituais que merecem amor, respeito e assistência. O cuidado e a inclusão desses indivíduos são vistos como uma responsabilidade coletiva, não apenas uma obrigação legal ou moral, mas uma expressão de fraternidade e solidariedade. O trabalho voluntário e a caridade são práticas comuns entre os Espíritas, que buscam auxiliar aqueles que enfrentam desafios. A compreensão e a empatia são valores fundamentais no trato com pessoas portadoras de deficiência no contexto espírita.

 

É importante reconhecer o potencial e a dignidade de cada Ser Humano, independentemente de suas limitações físicas ou mentais. No Espiritismo, a cura e o alívio do sofrimento não se limitam apenas ao aspecto físico, mas também ao aspecto espiritual e emocional. A consolação e o apoio espiritual são oferecidos às pessoas com deficiência e suas famílias, para que possam encontrar conforto e esperança em suas jornadas. O entendimento da Lei de Causa e Efeito no Espiritismo também contribui para uma visão mais ampla das deficiências, reconhecendo que cada indivíduo está sujeito às consequências de suas ações passadas. Portanto, a compaixão e o perdão são aspectos essenciais no relacionamento com pessoas com deficiência, reconhecendo que todos estão em busca de crescimento espiritual e redenção.

 

Aqueles que, por vezes diversas, perderam vastas oportunidades de trabalho na Terra, pela ingestão sistemática de elementos corrosivos, como sejam o álcool e outros venenos das forças orgânicas, tanto quanto os inveterados cultores da gula, quase sempre atravessam as águas da morte como suicidas indiretos e, despertando para a obra de reajuste que lhes é indispensável, imploram o regresso à carne em corpos desde a infância inclinados à estenose do piloro, à ulceração gástrica, ao desequilíbrio do pâncreas, à colite e as múltiplas enfermidades do intestino que lhes impõem torturas sistemáticas, embora suportáveis, no decurso da existência inteira (XAVIER, 2013, p. 168).

 

A educação e a conscientização são importantes para combater o preconceito e promover a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. O Espiritismo enfatiza a importância da educação moral e espiritual, que valoriza a dignidade e a igualdade de todos os Seres Humanos. As Casas Espíritas muitas vezes oferecem atividades e programas inclusivos para pessoas com deficiência, proporcionando um ambiente acolhedor e de apoio. Através da prática da mediunidade e da comunicação com o Mundo Espiritual, os Espíritas também buscam compreender as necessidades e os desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência. O trabalho espiritual pode oferecer conforto, orientação e alívio para aqueles que sofrem com deficiências físicas, mentais ou emocionais.


No Espiritismo, a compreensão da Lei do Progresso permite reconhecer que a deficiência não é uma condição permanente, mas parte do processo de evolução espiritual de cada indivíduo. A fé e a esperança são virtudes importantes para enfrentar os desafios e superar as dificuldades associadas à deficiência. O Espiritismo oferece uma visão de mundo que valoriza a vida em todas as suas formas, reconhecendo a beleza e a diversidade da Criação Divina, respeito pela autonomia e pela dignidade das pessoas com deficiência é um princípio fundamental no Espiritismo, que orienta as relações interpessoais e o comportamento ético, a inclusão social e a acessibilidade são valores importantes no contexto espírita, que busca criar espaços e oportunidades para que todos os indivíduos participem plenamente da vida em sociedade.

 

Grandes faladores que escarneceram da divina missão do verbo, conturbando multidões ou enlouquecendo almas desprevenidas, suplicam doenças das cordas vocais, para que, atravessando afonias periódicas, desistam de tumultuar os espíritos por intermédio da palavra brilhante. E milhares de pessoas que transformaram o santuário do sexo numa forja de perturbações para a vida alheia, arruinando lares e infelicitando consciências, imploram equipamentos físicos atormentados por lesões importantes no campo genésico, experimentando, desde a puberdade, inquietantes desequilíbrios ovarianos e testiculares. A cegueira, a mudez, a idiotia, a surdez, a paralisia, o câncer, a lepra, a epilepsia, o diabete, o pênfigo, a loucura e todo o conjunto das moléstias dificilmente curáveis significam sanções instituídas pela Misericórdia Divina, portas adentro da Justiça Universal, atendendo-nos aos próprios rogos, para que não venhamos a perder as bênçãos eternas do espírito a troco de lamentáveis ilusões humanas (XAVIER, 2013, p. 169).

 

Diante dessa compreensão, os cuidados com as pessoas com deficiência são vistos como uma oportunidade de aprendizado e evolução espiritual para todos os envolvidos. É importante que sejam oferecidos cuidados amorosos e respeitosos a essas pessoas, garantindo-lhes dignidade e oportunidades de desenvolvimento, seja por meio de assistência médica, terapias especializadas, acessibilidade física e social, ou mesmo apoio emocional e espiritual. Além disso, a visão espírita enfatiza a importância do auxílio mútuo entre os Seres Humanos, destacando que todos têm a responsabilidade de ajudar aqueles que necessitam, independentemente de suas condições físicas, mentais ou sociais. Esse auxílio pode se manifestar de diversas formas, desde gestos simples de gentileza e compreensão, até ações mais concretas de inclusão e apoio.

 

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Referência

Ação e Reação / Franscisco Cândido Xavier, pelo Espírito de André Luiz – 1ª edição maio. 2013: Editora FEB


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