Regressão de Memória x Espiritismo
Inicio esse breve artigo começando por esclarecer a relação entre regressão e a hipnose, pois ainda no século XXI muitos estudiosos usam os dois termos para um só procedimento, porem a hipnose é um procedimento cientifico, e não é apenas utilizado por psicoterapeutas, psicanalista e psicólogo. Hoje qualquer profissional da área da saúde pode usar a hipnose desde que faça um curso especializado para tal ação.
A hipnose foi muito utilizada pelo pai da psicanálise Sigmund Freud, em seus estudos sobre a histeria.Freud nos trás em todos seus trabalhos a investigação intensa no inconsciente onde ficam armazenadas lembranças já vividas. Portanto, fica claro estabelecer que o inconsciente exprime o conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência.
Em questão, os pacientes de Freud apresentavam fenômenos patológicos ou psicossomáticos, muitas vezes os pacientes tinham alguma experiência que não gostava de discutir, ou o paciente era incapaz de recordar algum trauma psíquico, portanto Freud usava da hipnose para provocar no paciente lembrança da época em que o sintoma surgiu pela primeira vez. Ao decorrer dos anos Freud abandonou a hipnose, pois ele resignificava a lembrança vivida pelo paciente em estado hipnótico, fazendo desaparecer ou mudar o contexto do conteúdo. Isso surtia efeito apenas por alguns meses, depois o sintoma retornava a atormentar o paciente, visa que a lembrança não fora trabalhado consciente e a psicanálise tem como teoria hoje a “cura” pela fala.
Adentrando no conjunto inicial podemos exemplificar regressão como uma forma de conduzir a terapia, fazendo com que o paciente consiga acessar o inconsciente, e é utilizada a hipnose como mecanismo de relaxamento profundo. Estimular, procurar, investigar, conduzir, interrogar e encontrar lembranças, isso é a regressão de memória.
A regressão é utilizada para tratamentos psíquicos, ou seja, um caso de fobia, trauma, psicossomatização, fenômeno patológico, dentre outros; onde o paciente não consegue recordar a lembrança como a conversação/ analise, no entanto é preciso um transe para investigar os conteúdos armazenados no inconsciente.
Levando em consideração que fizemos essa introdução para adentrar no contexto espírita, onde o autoconhecimento é eficaz para o nosso progresso e construção moral. Muitos espíritas têm curiosidade em saber sobre sua reencarnação passada, e procura profissionais para compensar sua curiosidade.
Para ser atendido sob hipnose é necessário o analisando seja acompanhado pelo mesmo profissional durante no mínimo dez sessões de analise. Assim o profissional pode diagnosticar se aquele paciente é indicado e pode passar por esse procedimento, pois retorna para profundas lembranças e algumas dela não podem ser de agrado do paciente e se ele não estiver preparado psicologicamente para lidar com alguma situação recorrente que possa vim a tona, o mesmo pode ter sua vida psíquica e emocional desequilibrado, gerando mais confusão e traumas do que apenas no inicio.
Assim é a nossa vida encarnada, Deus já nos beneficiou do esquecimento da nossa vida pretérita, e esse esquecimento é temporário, pois ao desencarne termos total lembranças de todas nossas encarnações. Como seres reencarnastes já vivemos, fizemos varias coisas que em lembrança atual poderia prejudicar o nosso crescimento evolutivo, pois ainda somos suscetíveis aos males, vícios, vingança , irá , inveja , entre outras.
No livro dos espíritos de Allan Kardec na questão 292, Kardec pergunta aos espíritos: “Por que perde o espírito encarnado lembranças do seu passado?”, os espíritos de forma objetiva o respondem da seguinte maneira: “Não pode o homem, nem deve, saber tudo. Deus assim o quer em sua sabedoria. Sem o véu que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, como quem sem transição, saísse do escuro para o claro. Esquecido do seu passado, ele é mais senhor de si.”
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