Tempo de Reflexão
A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja Católica, a Igreja Anglicana e algumas protestantes marcam para preparar os crentes para a grande festa da Páscoa. Durante este período os seus fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da caridade e da oração. Essa também é uma época muito especial para o Plano Espiritual. Afinal a Espiritualidade está sempre atenta a todas as possibilidades de ajuda, de resgate e de esclarecimento dos nossos irmãos desencarnados que estão passando por momentos de “loucura”, “fuga de si mesmo”, “arrependimento”, enfim, que estão estagiando nas trevas criadas por eles mesmos. É essa oportunidade que o Plano Superior aproveita para poder resgatar aqueles que tocados por esse período de penitência e meditação, se desvinculam de seu sofrimento íntimo e rogam por socorro. Afinal de contas são milhares de cristãos, que nesse momento mudam a psicosfera do Plano Físico e Espiritual e tocam aqueles que lhes são caros e que estão estagiando nas zonas umbralinas, e são esses últimos os mais beneficiados por esse recolhimento, porque eles ficam mais suscetíveis aos socorristas de todas as horas. É por esse e por vários outros motivos que toda religião ou crença tem seu valor, sua necessidade de existir e todos estão certos dentro do que acreditam. E como o nosso Pai Maior não nos desampara em momento algum, a sua misericórdia chega através das mãos daqueles que nos possam atingir. "O objetivo da religião é conduzir o homem a Deus; ora, o homem não chega a Deus senão quando está perfeito; portanto, toda religião que não torna o homem melhor, não atinge seu objetivo;" (Evangelho Segundo o Espiritismo).
É claro que apenas o ritual não tem o poder de perpetuar seus efeitos benéficos sobre a psicosfera do planeta nem mesmo no espírito de cada pessoa individualmente. Mais do que palavras e atos repetitivos, é preciso a consciência e fé nos exemplos de Cristo e tão bem relembrados pelas diversas religiões cristãs ao longo deste período. Façamos, portanto, das palavras do Mestre, um rito de ordem para as nossas ações e usemos o momento de reflexão, tão bem apregoado, para as mudanças interiores que precisamos, aquelas que somente nós mesmos podemos identificar, sem a necessidade de alardear nossos atos de caridade para com os outros e para conosco. Mudemos nossos hábitos alimentares e, sobretudo, nossos hábitos diários na maneira de falar e tratar nossos próximos bem como tudo a nosso redor. Afinal, durante os 40 dias de Jesus no deserto, foi que Ele conseguiu, em sua forma humana, compreender o caráter divino de seu espírito e tomar as decisões para a condução de todos nós. Sigamos o Mestre!!!
*Maristela Boldrin é colunista voluntária do Blog Letra Espírita
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